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sábado, 30 de agosto de 2014

Traje eclesiástico


Por José Renato

Deixo um pensamento a respeito do traje eclesiástico. A Igreja, sempre sábia, permitiu o uso e desenvolvimento de um traje especial para os sacerdotes. Por que isto? Porque o ser humano dá grande valor aos SÍMBOLOS e o Espírito Santo age respeitando o modo humano de encarar a realidade. Não somos anjos, somos seres humanos, limitados. Como diz uma oração, todas as vezes que, com os olhos do corpo, vemos um padre vestido de forma especial (não confundir com luxo), com os olhos da mente somos levados a refletir sobre a GRANDE DIGNIDADE DE SER PADRE e sobre a GRANDE RESPONSABILIDADE QUE ELE TEM. Esse é o primeiro ponto. O segundo ponto é que o traje eclesiástico traz, como um símbolo, esta mensagem para o povo e PARA O PRÓPRIO PADRE: eu já não me pertenço mais, eu desapareci, só restou Cristo. Portanto, quando o padre troca roupas comuns pelo traje eclesiástico, quando ele se reveste deste traje, ele está querendo dizer o seguinte: eu, fulano de tal, já não existo mais, já não vivo mais, já não tenho mais querer próprio: só a vontade de Deus importa agora e ai de mim! se não corresponder a isto. Portanto, levando em conta tudo o que foi dito, conclui-se o quanto é oportuno o uso dos trajes de Missa e também o USO da BATINA, que, por uma inadequada leitura dos documentos conciliares e pós-conciliares, caiu amplamente em desuso. Não se coloca em questão a justificação dos padres pelo uso ou não da batina. Em absoluto! Tenho certeza que existem muitíssimos padres santos que jamais usaram uma roupa distinta da dos leigos (exceto nos atos de culto, claro). Não se coloca em questão o estado espiritual deste ou daquele padre. Se o hábito não faz o monge, não se pode negar que o hábito é um auxílio para que este monge venha a ser o que precisa ser. Acredito que devemos dar sempre ouvidos à sabedoria dos séculos com relação a este assunto e não apenas (tbém, mas não apenas...) no cenário atual. Espero ter contribuído.

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