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segunda-feira, 23 de junho de 2014

Antes que venham os dias maus


Por José Renato Leal

Não se pode exigir que uma pessoa ou uma família que viva no meio do sertão tenha acesso ao conhecimento documentado da Igreja sobre a vida cristã, por razões óbvias. Daí a urgência da atividade missionária. Mas o mesmo não se pode dizer de nós, urbanos. Para o cidadão médio que se diga cristão e que desfrute de adequada saúde e tempo, a ignorância é culposa. A sabedoria de 2000 anos está ao alcance das mãos pela Internet. O homem antigo ficaria chocado com a larga possibilidade que temos de obter um conhecimento que poderia nos ajudar a nos elevar espiritualmente. Nossa ignorância é culposa e, uma vez alertados, arrolamos mil e uma desculpas. Se nos preocupássemos em crescer na Fé tanto quanto nos preocupamos com o sucesso profissional, seríamos santos. Na ordem das coisas importantes, certamente seu sucesso profissional é importante. Mas o compromisso de vida cristã é mais importante. Somos seres de dois mundos: somos daqui e da eternidade. Cuidemos destes dois lados. Não sejamos indiferentes, tenhamos um espírito empreendedor para com nossa conduta cristã, conhecimento de Fé e estado espiritual. Tenhamos curiosidade para com certas coisas. E aí chego ao ponto que queria: vocês não podem imaginar o bem que a Internet pode propiciar, apenas de todo mal que nele se encontra. Usem esta ferramenta não apenas para o lazer, não apenas por isso. Tenham curiosidade para as coisas de nossa religião, enquanto vivem dias relativamente tranquilos. Assim, quando vierem os dias maus, quando a tempestade chegar e a desesperança bater em suas portas, estarão preparados, não mudarão de religião, não farão nenhuma besteira. Tenho insistido nisto, certo de que ainda há um caminho não percorrido que precisamos trilhar.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

O Perdão sobre a faixa de pedestres



Por José Renato Leal

Quando se fala em piedade cristã, a maioria das pessoas, de mentalidade moderna, acha que tal coisa está presa a um emaranhado de escrúpulos de caráter estético, mas isto não é verdade, ou melhor, NUNCA foi verdade. Ou vocês acham que os jesuítas, em terras de missão, esperavam obter confessionários artisticamente trabalhados para ministrar o sacramento. Claro que não, mas isto não servia de pretexto para que eles desprezassem a riqueza litúrgica da Igreja. O católico valoriza sua cultura, seus símbolos, pois eles são um valioso auxílio na evangelização. Quando vemos um belo confessionário com os olhos do corpo, com os olhos de mente somos levados a refletir a respeito daquilo que ele significa. Ao mesmo tempo, o católico sabe que o Espírito Santo suscita o desenvolvimento litúrgico, MAS NÃO É REFÉM DO MESMO. O que nos leva a foto abaixo, onde a piedade cristã com sua tradicional riqueza caminha harmoniosamente ao lado do singelo desprendimento cristão. Uma santa confissão... bem no meio da rua. :)