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quarta-feira, 1 de maio de 2013

Crítica e julgamento

Toda crítica é um julgamento? Não. O julgamento condenado por Cristo é: 1) Negar ao próximo aquilo que lhe é concedido por Deus como oportunidade, inclusive para aquele que nega; 2) Concluir sem fundamento sobre a vida do próximo. No episódio da mulher adúltera, Nosso Senhor condenou a falta de misericórdia, resultado da concepção errônea que os acusadores tinham de si mesmos. Eles criam ter uma bagagem meritória que lhes dava o direito de serem implacáveis. Jesus desarmou rapidamente a todos, fazendo-os cair na realidade, constrangidos. Aquela pobre mulher havia, de fato, pecado, e Jesus reconhece isso, dirigindo-lhe um severo conselho: não peques mais. Portanto, Nosso Senhor condena o pecado e libera aquela mulher para que tenha uma chance de recomeçar. Implicitamente, o Senhor criticou a mulher, mas não a condenou. Ele não veio ao mundo para facilitar a condenação. Ele mesmo MORREU em nosso lugar, para que, por seu sacrifício, pudesse satisfazer plenamente a Justiça divina e assim nos abrir as portas do Céu. Deus quer que todos se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade. Por isso, não podemos negar ao próximo a oportunidade de mudar de vida ou de se redimir de seus erros, nem podemos desejar a condenação eterna do próximo. Do contrário, estaremos julgando. Corrigir os que erram é uma obra de misericórdia. A correção fraterna é um direito de todo católico e, na prática, se constitui em um verdadeiro dever. A justiça cristã é misericordiosa e a misericórdia cristã é justa.



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